O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta segunda-feira (08) a condenação do ex-ministro do governo petista, José Dirceu, por lavagem de dinheiro em um processo da Operação Lava Jato.
Na ação, que teve a denúncia aceita pela Justiça Federal em 2018, o petista é acusado de ter recebido propina no valor de R$ 2,4 milhões da Engevix e da UTC, duas empresas de engenharia.
O processo foi encaminhado ao juiz Luiz Antônio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Além de pedir a prisão do ex-ministro, o MPF pediu também a condenação do irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, e do ex-diretor da Engevix, Gerson Almada, que também são réus na ação.
O ex-executivo de uma das empresas, a UTC, Walmir Pinheiro Santana, chegou a ser denunciado, mas depois de fechar um acordo de colaboração, teve a denúncia suspensa.
José Dirceu, no entanto, já foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro outras duas vezes em processos da Lava Jato.
Dirceu deixou a prisão em novembro de 2019. Ele tinha sido preso em maio daquele ano depois que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou recurso em relação a uma condenação de 8 anos e 10 meses. Ele ficou preso outras duas vezes: entre 2015 e 2017 e em 2018.
Conforme o Terça Livre já havia noticiado, as propinas eram pagas por meio de acertos que envolviam contratos da Petrobras.
Segundo a investigação, Dirceu teria recebido os valores durante e depois do julgamento do Mensalão.
Fonte: tercalivrejuntos.com.br.